1. |
Servos da Morte
03:40
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Vamos á guerra
Assuma seu posto
Prepare-se para lutar
Esqueça família
Amores, amigos
A ordem é para matar
A ponta do fuzil
Não tem compaixão
Refugiados em multidão
Sangue e desespero
O vento cortante
Macabro e infernal esquadrão
De joelhos clamando
Pra deuses e forças
Que nunca os ajudarão
Implorando por vida
Por sobrevivência
Apelos feitos em vão
Gritos ecoando
Dor, carnificina
Estupros, vidas a ruir
Mutilação, fome
O ódio consome
Quem tem uma missão a cumprir
Explosão e massacre
Invasão, pilhar, sangrar e destruir
Viu, sentiu o vazio, sucumbiu
Quem fez satisfez os reis da insensatez
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2. |
Nazileiros
03:02
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Surge o partido nazista
Tupiniquim neopentecostal
O ovo da serpente fascista chocou
Mais um ciclo do mal
Seita de psicopatas
Estúpidos com ódio e obsessão
Mentem e distorcem fatos
Pregam medo, novo talibã
Brasil, século XXI
Tudo andou pra trás
Deram poder a monstros
Agora tem de monte nazileiros boçais
Faz arminha que passa!
Que passa!
Que passa!
Que passa!
A gileade brasileira
Se estabeleceu
Aias são questão de tempo
O risco cresceu
Censura, vigilância
E perseguição
Massacre na periferia
Sangue negro no chão
Canal de TV chapa branca
Endossa a farsa liberal
Afaga o governo nazi
E recruta uma pá de crente
Louco irracional
Faz arminha que passa!
Que passa!
Que passa!
Que passa!
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3. |
A Face do Inferno
01:49
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Só rancor, dor, caos
Liquidaram o racional
Há vários corpos no armazém
Estriparam alguém
Jaz outros cem
O chão se reveste
Rir com a foice
Rasgando o abdômen de dois
Paz, lá não tem
Viver é um teste
Não há palavra doce
O ódio ramificou-se
Na rebelião
Facção contra facção
Playboy assiste perplexo
Aplaudindo o massacre no inferno
Ressocialização
Está fora de cogitação
O estado negligente e omisso
Nunca quis e não quer compromisso
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4. |
Protofascista
02:34
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A receita pro ódio cultural histórico que fecha os olhos
Cria o ignorante com sangue nas mãos
O fascistinha frio e o sem razão
Está enraizado no nosso passado colonizado
Escravocrata e segregador
Disseram quem e o que devemos odiar
O negro, o pobre, o gay, a mulher e o que não enquadra
Essa é a lição. Siga o padrão. Repita o ciclo
Seja uma aberração conservando a podridão
De uma elite sofista, pedante e hipócrita
Falsos moralistas, analfabetos políticos, cretinos, boçais
Rebanho de classe média, protofascistas de ego voraz
Medíocres sem empatia com a dor alheia, odeiam plebeus
Mas aos domingos tão na igreja pagando a cota de filhos de Deus
Sempre elegem oligarcas, reacionários, militar, pastor
Ficam de luto por uma vidraça estilhaçada, concreto, extintor
Foi assaltado e perdeu o celular
Agora diz: “O melhor é se armar”
Bandido bom é bandido morto
Mas a regra só vale pra preto do morro
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5. |
Busão Lotado
01:50
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Busão lotado
Sempre atrasado
Muito apertado
Não cabe mais ninguém
Patrão não se importa
Se a lata de sardinha
Só tem uma linha
Cê tem que chegar
Lá vem o busão
Com a mão de obra do empresário
Que situação do povo proletário
Novo navio negreiro
Levando pedreiro
ASG, padeiro
Igual a batata
Passagem aumentou
Mas nada melhorou
Na rua buraqueira
Dentro uma batedeira
Lá vem o busão
Com a mão de obra do empresário
Que situação do povo proletário
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6. |
Ideologia de Verão
02:54
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Diz pra mim, o que te motiva a ser assim?
Trilhas e guias com um fim ruim
Do vinho pra água. Involução
Ideologia de verão
Segue assim de galho em galho até cair
Massa de manobra tupiniquim
Pegando a onda na emoção
Direto pra boca do tubarão
Vá, cave com a pá
Sua própria cova
Viva a se curvar
Siga a canção da alienação
Vida de cão
Discurso distante da situação
Mundo real é mais cruel
Conceito fraco até no papel
Somo todos réus pra elite cartel
Só gosto de fel
Nunca vai ter céu
Pra eu e você
Tamo a mercê
Da influência ruim do lobo mau
Vai nos comer
Nossa função: Ser mão de obra de barão
Ouve aplausos
Se convence que é
Sábio e instruído
Mas só engana mané
Exibe a legião
De ogros cidadãos
Que elegem monstros
Esperando a salvação
Qual vai ser sua opção, sua ideologia de verão?
Cada temporada uma surpresa
Que vai de A a Z no leque da incerteza
Terra plana, nazismo de esquerda
Mito dos tolos, pobre de direita
Formado nas redes sociais
Em política, economia, cultura e muito mais
Subestimam nossa inteligência
Nos bombardeiam com fake news
Muita informação mal processada
Intencionalmente pra confundir
O boi na linha não nega ajuda
Pra alimentar urubu
Aquela doutrina que vem do rádio
Controla o brucutu
A minha sina é delatar
A carniça e os tabus
Mas eles querem nosso silêncio
E a aceitação do túmulo
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7. |
Leva e Traz
02:20
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Finge que faz, desfaz, depois refaz
Leva e traz! Leva e traz! Leva e traz!
Mais um algoz!
Tapinha nas costas, sorriso amarelo
Caráter de prego, então eu martelo
Diz que é amigo por oportunismo
Na primeira chance já deu um vacilo
De orelha em pé com o leva e traz
Se acha esperto, envolvente e sagaz
Colhe de um lado e do outro também
Pra ver pegar fogo a vida de alguém
Finge que faz, desfaz, depois refaz
Leva e traz! Leva e traz! Leva e traz!
Mais um algoz!
Tête-à-tête se converte em um moleque
Aperto de mão frouxo, é mentiroso, papo viscoso
Cabisbaixo, gagueja “eu acho”, tolera facho
Sem segurança, não te encara, desvia o olhar
Mais falso que nota de três
Parece ator da Malhação falando estupidez
Na frente só elogio, “você é foda”, “vamo beber?”
Mas basta virar as costas pra faca aparecer
Saia dessa paranoia ou vai se destruir
É nisso que você se apoia pra me atingir?
Já conheço seu despeito e sua obsessão
Em ver a minha derrota prostrado junto ao chão
Finge que faz, desfaz, depois refaz
Leva e traz! Leva e traz! Leva e traz!
Mais um algoz!
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8. |
O Cão e o Patrão
02:28
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Ouro e poder você ama, porco infeliz
Como alguém pode ser tão cruel assim?
Pobre é gado de corte
Patrão usa visu da Lacoste
A canetada é o bisturi
Aristocratas humilham
Quase goza ao oprimir
Nem faz questão de fingir
Sempre ostenta o que herdou
Meritocracia é o chavão
Ouro e poder você ama, porco infeliz
Como alguém pode ser tão cruel assim?
A paz jaz atrás das cortinas da ambição
Os tais mais mortais são culpados nessa ação
O odor do terror que vem forte do agressor
Impõe e contrapõe o grito do clamor
Nas mãos têm corporação, meios de produção
Detesta a luta e a organização
Dizima a sangue frio quem não o serviu
Sangra a renda do trabalhador dócil
Ouro e poder você ama, porco infeliz
Como alguém pode ser tão cruel assim?
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9. |
Desconstrução
03:15
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Deus, Zeus, Brahma
Escolha uma trama
Vá, copie e cole
Ou pense por si
Patriotismo
Ufanismo voraz
Nacionalismo
Barreiras culturais
Desconstrução! Sai da caverna!
Desconstrução do antigo eu!
Desconstrução pra evoluir!
Desconstrução pra prosseguir!
Ideologia fabricada
Personalidade artificial
Sua autonomia foi castrada
O livre pensar hoje te causa mal
Racismo, homofobia e machismo
Malditas heranças coloniais
Elitismo, dogmas, tabus
Controle religioso e do poder de alguns
Deus, Zeus, Brahma
Escolha uma trama
Vá, copie e cole
Ou pense por si
Patriotismo
Ufanismo voraz
Nacionalismo
Barreiras culturais
Ideia fixa na contramão
Estampa a televisão
Manutenção de conceito velho
Cagando a mente de mais uma geração
Sinta dentro de você
Um novo ser nascer
Pare, pense, reflita, pondere
E perceba o mundo que
Tanto tentam esconder
Desconstrução! Sai da caverna!
Desconstrução do antigo eu!
Desconstrução pra evoluir!
Desconstrução pra prosseguir!
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10. |
Pronto pra Matar
02:54
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Pronto pra matar!
A mente doente planeja ferir
O ódio latente logo vai explodir
Forjado na crença de uma religião
Não há razão na bestialização
Guiados, domados, por algum charlatão
Repleto de medo de uma punição
Divina matança por terras de um senhor
Desfiguração do ser na doutrinação
Dogmas, alienação, fundamentalismo
Obscura é a razão que não tem noção, que não faz sentido
Sua prece roga o fel pra o que é adverso
Esperando a salvação após a missão da devastação
Fatos naturais convêm sim mistificar
Distorcendo o real para intimidar, depois controlar
Doenças, virais, torção viram maldição
Se você não obedecer Deus vai punir, te eliminar
A reza e a oração só pedem paz em vão
Centenas de crenças pregando a imposição
A raça é humana e não prisões de fé
É assim que é, religião é um tiro no pé
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11. |
Juventude Fastfood
01:27
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Juventude fastfood
Não joga bolinha de gude
Não brinca no meio da rua
Molecada sem atitude
Não sabe o que é respeito
Cheio de preconceito
Mimado sem noção
Só quer tudo na mão
Poltrona surrada por um traseiro quente
Esperando começar o escatológico pop show
Juventude envelhecida, apática, idiotizada
Informação rápida, mastigada e sem valor
Garoto arrogante
Seu ego é tão gigante
Cabeça de adubo
Imagina isso Adulto
Preguiçoso inativo
Ler, pra você é um martírio
Sua fama virtual
Não o torna especial
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12. |
Sangue Azul
03:03
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Cai um homem de sangue azul
Outros irão o suceder
Raça odiosa, perniciosa
Sem limites pra ter poder
Dominados pela ambição
Se orgulham por só vencer
Mesmo à força ou por vingança
Seu legado é destruição
Nunca vão parar
Quanto mais o tempo passa
O império se erguerá
Privar e excluir
O que já foi de todos
Pra poucos usufruir
Donatário não ver empecilho
Em girar o mundo conforme seu delírio
Quinhentos anos nessa joça
E o mais fraco vegeta nessa fossa
Nunca encarou o desespero
De ver um filho passando aperreio
Riqueza vinda da desgraça
Do negro, índio e do suor da massa
A fome dos famintos não te comoveu
Tanto sofrimento naturalizou
Explorados com dureza
Seu sadismo é a presa
Que fere a dignidade
O brilho dos seus olhos desapareceu
Sua humanidade se desintegrou
Embriagado com a avareza
Coroado na nobreza
Tão podre será o seu fim
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13. |
Ancapinho Danoninho
02:31
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Murray Newton Rothbard
Batizou o mundo ancap
Mises foi o seu tutor
Nele que se baseou
Bem-vindos a anomalia
Capital mais anarquia
Piada pronta que convence
Covardes incoerentes
Paradoxo ideológico
Cria de uma think tank
Mais um conto do vigário
Ortodoxo liberal
Repaginado só nos dentes
Sorrindo para inocentes
Capitalista sem capital
Aqui você passa mal
Ancapinho danoninho
Quer clubinho, não revolução
Capitalismo é fofinho
Segundo sua filosofia vã
Atraído pra arapuca
Do diagrama de Nolan
Induzido a acreditar
Que o dinheiro vai salvar
Instituições de autoridade
Filhas do capitalismo
Vidas são mercadoria
Na pseudo-anarquia
Livre competição
Entre um gatinho e um leão
Tudo privado e controlado
Direitos monetizados
Coerções privadas
Ditadas por quem mais paga
O financeiro é quem define
O bem, o mal e o regime
Ancapinho danoninho
Quer clubinho, não revolução
Capitalismo é fofinho
Segundo sua filosofia vã
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14. |
Colaborador
03:25
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Nova forma de exploração
Baixe o aplicativo e tenha tudo em suas mãos
Esse é o mundo liberal
Aqui tem subemprego pra alegria geral
O horário você faz
Trabalho intermitente
Mas só ganha “quem faz”
Nenhum vínculo empregatício
Um copo descartável na mão de um patrício
Nem pense em adoecer
Sofrer um acidente, tirar férias, viver
O pacto é submissão
Trabalhe até a morte sem direito a um pão
Dê o gás na juventude
Aposentadoria é passado, se ajuste
O importante é falar
Que está tudo bem e um dia vai melhorar
Romantização de uma sociedade doente
Que não enxerga um palmo do nariz pra frente
Tentativas vãs buscando explicar
Que essa porra toda veio pra nos matar
Mas mata lentamente
Sem fazer cerimônia
Com o aval do povo
Que aceita ser colônia
Colaborador dessa merda toda!
Colaborador dessa merda toda!
Precarização do trabalho
O culpado tá em paz
Chicote á delivery isenta patrão, capataz
A desigualdade é o abismo que mais aumentou
A cumplicidade do povo que nos condenou
O sanduíche em casa via app
Plataforma de carro, conforto, pode crer
Mas sem legislação pró trabalhador
Pagaremos caro a conta do ditador
Colaborador dessa merda toda!
Colaborador dessa merda toda!
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15. |
A Violência das Leis
03:32
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|||
Leis, regras, normas
Só uma função
Domínio, controle, comando
Essa é a intenção
A violência das leis
Tecidas por nobres
Explorou e matou
A vida dos pobres
Tributos e taxas
Que não tem retorno
E quando não pagas
Nos privam em dobro
Pressão, agressão, repressão
Povo sem escolha no menu
Pressão, agressão, repressão
A massa dominada come cru
Liberdade, direitos, todos iguais
Na constituição
Mentiras, engodo, ilusão
Só submissão
Legalizaram as correntes
O povo não tem voz
O dinheiro é quem manda
Na legislação
Passos vigiados
Monitoração
Falsa liberdade
Na civilização
Pressão, agressão, repressão
Povo sem escolha no menu
Pressão, agressão, repressão
A massa dominada come cru
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Ação Libertária Natal, Brazil
O Ação Libertária é uma banda antifascista. Surgimos em 2009 na cidade de Natal/RN - Brasil. Nosso som é crossover mesclando
o hardcore, punk e metal.
Ítalo - Bateria
Edson - Guitarra
Alberi - Baixo
Pigmeu - Vocal
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